terça-feira, 25 de setembro de 2007


DELIRIO EM MADRUGADA


Tento conciliar o sono e o dia seguinte
no passar das rotas coisas
de vida e rotina
que me fazem ser.
Vontade de querer
o que não sei
no improvável da própria vida,
adivinhação de destinos
distantes e perdidos
no colo da mansa madrugada virgem.

TEMPO ABSOLUTO

O mundo dos velhos dias
assombra-me a alma
como se fosse todo o passado
uma profecia as avessas
prestes a ganhar o dia
e reinventar o futuro
no vazio do meu presente
cada vez mais descartável.

Tento pensar
no aprofundar-se dos dias
como um aperfeiçoamento,
como um esforço contínuo
de busca
da mais perfeita existência.
Como se fosse possível
esquecer erros
e enfeitar acertos
até o esquecer de todas
as incertezas
dos atos que se perdem
em meus dias.

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