quinta-feira, 9 de agosto de 2007

LITERATURA INGLESA III


Lewis Carrol ( 1832-1898), ou Charles Lutwidge Dodgson, ocupa um lugar singular no panorâma da literatura inglesa. Impossível classifica-lo como o autor de uma grande obra ou romance, a exemplo de Shakespeare ou Henry James. Na verdade poucos tem conhecimento de sua obra poética ou escritos sobre lógica e matematica. Foi justamente atraves das imaginativas aventuras de Alice no Pais das Maravilhas e Alice no Espelho que seu nome imprimiu-se no cânone literário do Ocidente. Carrol foi definitivamente um mestre do nosence vitoriano como se costuma afirmar, um desafiador da plasticidade logica e linguistica até o limite do caos dos signos e simbolos que configuram nossa comportada e cotidiana noção de realidade e pragmática da linguagem....
Por traz da obra não há uma pessoa humana menos fascinante e enigmática. Diácono da Igreja Anglicana e Professor de Matemática em Oxford, solteiro e recluso, tinha duas paixões curiosas: A logica e a fotografia. No último caso, reveladora, pelos documentos deixados, do seu fascinio por menininhas entre oito e doze anos de idade, objeto de suas fotografias e de cartas realmente interessantes pela peculiaridade e singularidade do uso da linguagem... Para os que conhecem o fantastico e fascinante universo de transfiguração da linguagem de Alice no pais das maravilhas, vale a pena conferir a coletânia de Cartas do autor a suas amiguinhas:
CARROL, Lews. Cartas às suas amiguinhas.RJ: Sette Letras,1997.
Cabe observar que Carrol tambem trocou missivas com Gustave Flaubert...

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