quarta-feira, 8 de agosto de 2007

CRÔNICA RELÂMPAGO II

Tudo que sei é que existo entre o acaso de duas datas; em um quase nada de tempo onde me surpreendo atônico a cada segundo de estar vivo... O que mais dizer? Tamanha é a fenomenologia da existência em sua ilimitada pluralidade de formas e coisas que muitas vezes duvido da possibilidade de qualquer entendimento ou ciência do mundo.

Talvez a realidade não passe de um sonho absurdo do mínimo finito que somos no tempo e no espaço e nada na vida tenha realmente importância... Que importa?

Há dias em que não faz sentido qualquer pensamento, em que não sustentamos o fardo das opiniões, convicções e juizos. Há dias de apenas viver, deixar-se inerte no preguiçoso vento de uma tarde morna com os olhos perdidos em qualquer beleza fugaz de uma paisagem verde.

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