que a vida segue por um fio,
que o futuro será um soco no estômago,
um grito ou gemido no fundo de algum vazio.
É certo que já desistimos de tudo,
que não acreditamos na razão,
no progresso ou na civilização.
Mesmo assim, continuamos aqui
a mercê do tempo e das coisas,
resistindo contra o que nos tornamos,
suportando tudo aquilo que somos.