buscar o nada que nos abraça
na contramão do progresso e da esperança.
Sou matéria viva que se desfaz
entre a memória e a ausência,
entre o mar e a terra,
contemplando as estrelas,
adivinhando a queda do céu,
contemplando o caos como premissa de toda e qualquer forma possível de existência.
Um dia nada mais será.
Não existirá mais terra,
nem acontecerá o mar.
Será a hora da queda do céu,
do fim definitivo de toda forma de fé,
de toda possibilidade de escravidão e Império.
Tudo ficará em suspensão,
sem o alívio de qualquer conclusão.