É tempo de desengajamentos,
Inércias e desencantos,
onde, apesar de tudo, persistimos
entre a indiferença e o espanto.
Ninguém sabe exatamente onde erramos,
onde o mundo não deu certo.
Talvez, o erro seja a ilusão do humano,
do racional e divino sentido das coisas.
O erro é, tão simplesmente,
a raiz de todas as nossas certezas.
Talvez, não exista o certo.
Estamos sempre as vésperas
de alguma catástrofe
inventando novos abismos.
Estamos todos errados,
errantes e desesperados.