Talvez a existência não passe de algo vago localizado fora de nós. Talvez ela seja uma busca nunca concluída por uma materialidade definitiva.
Mas nós, estas coisas feitas de coisas, até o micro do quase nada de milhões de partículas, somos provisórios arranjos espaciais, detalhes em uma paisagem infinita de incertezas e caos, onde tudo se entrelaça em coordenadas, movimentos e inquietações de corpos materiais e imateriais.
Talvez a existência seja uma ilusão, uma composição provisoria de coisas diversas em um conjunto instável, em um estado sempre de transição entre diferentes formas de quase ser, onde tudo que não existe agora já é prenúncio de algo porvir.