Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
terça-feira, 2 de julho de 2019
sábado, 29 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
ENTRE O PENSADO E O IMPOSSÍVEL
Entre o
pensado e o possível,
Invento o
infinito,
Abraço o
inesperado.
Sei que nada é
dado,
Tudo é devir...
O vento visita
a hora
Enquanto me
fala o espaço
E meu corpo acontece
como coisa
entre coisas.
Estou sempre
em movimento
No meio da
paisagem.
Estou sempre
reinventando
O possível e o
pensado.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
O ESTRANGEIRO COMO SOMBRA
A consciência é a sombra de um estrangeiro na concretude do vivente em sua corporeidade. Existir, afinal, é ser um corpo. Este é o nosso acontecimento, nossa presença em um mundo de planos e diversidades.
Cada existência é uma micro geografia que extrapola a linguagem, que recusa o estrangeiro que na ignorância do corpo captura a consciência.
Mas tudo é corpo no dentro e no fora de nós mesmos. Mesmo quando o corpo é prisioneiro deste estrangeiro antropológico que se insinua na consciência.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
A HISTÓRIA PELO AVESSO
Fatos e documentos não ensinam o tempo,
Apenas alimentam ilusões historiográficas.
Apenas alimentam ilusões historiográficas.
Já o devir não é humano,
Não é teleologia.
É a imprecisão do múltiplo,
Da natureza e das pulsões.
Não é teleologia.
É a imprecisão do múltiplo,
Da natureza e das pulsões.
A história não está nos arquivos
Que sacramentam silêncios
Em banal iminência.
Ela está no corpo que definha,
na paisagem que passa,
Inventando vestígios
E alimentando imaginações.
Que sacramentam silêncios
Em banal iminência.
Ela está no corpo que definha,
na paisagem que passa,
Inventando vestígios
E alimentando imaginações.
A história é a impertinência do intempestivo.
É o que dura
E o que através de nós persiste.
É tudo aquilo que não é humano
Mas através do homem existe
No virtual da memória e do porvir.
É o que dura
E o que através de nós persiste.
É tudo aquilo que não é humano
Mas através do homem existe
No virtual da memória e do porvir.
terça-feira, 18 de junho de 2019
GAIA CIÊNCIA
A terra crua e enfeitada de verde,
Não se
conforma a radiografia dos mapas,
As analises
dos especialistas.
Ela é
senhora do seu corpo
E dona de
sua poesia.
Sua carne é
fronteira
Entre o orgânico
e o inorgânico,
É movimento,
ciclo,
Transformação
e multiplicidade de planos,
Texturas e
experiências.
A terra viva inventa tudo aquilo
Que para nós
é definido como natureza.
Dela
depende tudo aquilo que se inventa,
Todas as
nossas ilusões de humanidade
E todas as possibilidades da filosofia.
INSIGNIFICÂNCIA
Tão
profundo é o nada,
O efêmero e
o pequeno.
Como é nobre
a insignificância,
Grande a
indiferença,
O anonimato
e o alheamento!
Quero ter a
consciência de uma formiga,
Ser inteiramente
o ambiente
E intensamente
na nudez da vida.
PRECARIEDADE EXISTENCIAL
Entre sucatas
contemplo a fragilidade da vida,
Apreendo a
precariedade das coisas.
Sou corpo
dentro de corpos,
Entre corpos,
Na paisagem
viva
Que
transcende a ilusão do rosto.
A meio
caminho do orgânico e do inanimado
Componho atos,
inercias
E
acontecimentos mudos.
Há quem diga
que existo.
Eu,
pessoalmente duvido disso.
A MISÉRIA DA MEMÓRIA
Afinal, o que define o tempo é a memória e não o suceder de fatos e deslocamentos de nossa experiência cotidiana.
O amanhã é pleno de ontem. Há muito passado no nosso futuro.
O passado não para de crescer realizando a brutalidade do esquecimento.
O tempo é um modo do não ser.
sábado, 15 de junho de 2019
O ABISMO DO CONHECIMENTO
O conhecimento é um aprendizado de queda e vertigem.
Conhecer é cair profundamente de si mesmo,
É mergulhar no abismo do mundo,
Desaparecer no fundo da linguagem,
Tornar-se impuro,
Descrente,
Inimigo de toda verdade.
O conhecimento só é possível a uma consciência selvagem que não se limita as grades de qualquer saber.
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