Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 10 de junho de 2019
domingo, 9 de junho de 2019
EXPERIÊNCIA URBANA
Na geografia urbana cada um de nós é apenas um ponto em deslocamento . Mas cada ponto realiza a paisagem na invenção de um território.
A cidade é experimentação e movimento, deslocamento constante. Ela respira através dos seus fluxos.
A cidade é um labirinto de cenários vivos.
sábado, 8 de junho de 2019
ESTRANGEIRISMO E IDENTIDADE
A experiência do outro é a experiência do estrangeiro. E o estrangeiro está em todas as partes quando nos confundimos com uma identidade.
O lugar do nós define o não lugar do outro, o vazio de si. Buscamos o familiar, o autoritário plano da igualdade.
Exigimos do mundo a semelhança, o abrigo da homogeneidade, para torna-lo seguro, habitável.
Nunca nos damos conta de que somos também um estrangeiro e que não há identidade que não nos desconstrua na invenção de subjetividades. A diferença nos incomoda pelo simples fato de ser alheia, fora de nós.
O temor do desconhecido é um dos instintos mais primitivos.
O temor do desconhecido é um dos instintos mais primitivos.
SEM PRECONCEITOS
Gosto de experimentar cada acontecimento do lado de fora do pensamento.
Procuro saber as coisas sem recorrer as pré definições, valores, e certezas ditadas pela imaginação social.
Tudo para mim é um pouco inclassificável, inconclusivo.
Não tento domesticar este grande absurdo que é a existência.
quinta-feira, 6 de junho de 2019
PASSADO
O passado
escapa a lembrança...
Foge a
identidade,
Ao fatos e
interpretações.
Ele só pode
existir através do agora.
É como um
sonho,
Quase uma
sombra,
De qualquer
impossível porvir.
O passado dilui-se
no devir.
Quase não é
memória.
É presença,
marca,
Vestígio...
segunda-feira, 3 de junho de 2019
A ARTE DE OLHAR
Poder olhar livremente,
Pensar sem o peso do dizer a verdade,
É a grande virtude do niilismo.
Pensar sem o peso do dizer a verdade,
É a grande virtude do niilismo.
Toda convicção não passa de um ardil,
De um jogo moral,
Que nos escraviza a qualquer identidade
De um jogo moral,
Que nos escraviza a qualquer identidade
e ponto de vista.
Enxergamos quando o olhar não tem necessidade de ver,
Quando não há vontade de descrever.
Quando não há vontade de descrever.
A visão ultrapassa o limite dos olhos.
sábado, 1 de junho de 2019
VIDA E SONORIDADES
Existe uma sonoridade que define a ambientação, nosso modo de estar entre as coisas.
Sonoridade sempre corporifica uma ação. Há sons de trabalho, de alegria, de tristeza, de presença, de alimentação. Toda atividade tem sua própria expressão sonora.
Por isso a música não nos comunica um estado de espírito, mas uma ação. Musicalidade é uma estética do movimento.
sexta-feira, 31 de maio de 2019
DA METAFISICA NATURALISTA DO SER ENTRE AS COISAS
Um sentimento trágico do mundo é expressão do inumano, de nossa participação e comunhão com os múltiplos aspectos do existir das coisas.
Consciência é participação, existência é comunhão. Através dela afirma-se a indistinta experiência do eu e das coisas. Através dela o vivente confunde-se com o ambiente. Ele é pura resignação, como extensão ( corpo) e pensamento. A vida é uma paisagem em movimento. É música, intensidade, desejo.
domingo, 26 de maio de 2019
SOBRE ESCREVER
Tento construir um território de silêncio no ato da escrita. Procuro escapar a fala, ao uso cotidiano e pragmático das palavras. Meu objetivo é ferir o significado, fugir a ordem da comunicação.
Procuro dizer "o si", construir um cuidado, um rito de existência, fugir de mim. Escrever é escapar ao eu, desafiar o nada da folha em branco e flertar com a morte, com o desaparecimento, que a escrita impõe aquele que se submete ao seu ato/processo.
O LADO DE FORA DO TEMPO PRESENTE
O lado de fora do tempo presente é o virtual e não o futuro. É uma recusa do habitual e do concebível a partir de um suporte cultural estabelecido. Ele é a margem, o descontínuo, a oposição ao possível.
Pode-se defini-lo, em uma só palavra, como inconformismo. E estar a altura do presente é nunca se confirmar a ele.
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