O que é conhecimento? Esta pergunta se confunde na cultura ocidental, desde Platão, com outra: O que é verdade? Em termos contemporâneos, a resposta seria simples e midiática: informação. Mas, seguindo nesta linha, seria mais correto responder que conhecimento e verdade hoje não passam de um acontecimento ou ato de linguagem passível de variações quase infinitas. Conhecimento e verdade são "efeitos" que informam comportamentos e ações nos diversos planos das atividades humanas. Em nada mais se relacionam com a noção de sabedoria.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
NAS DOBRAS DO ALÉM DO AGORA ENCONTRO SEMPRE LINHAS DE FUGA
Os dizeres e fazeres, as visibilidades e obscurecencias, que codificam os limites deste intenso agora, não me impedem de fugir a micro geografia dos jogos de dominação que agenciam as forças coletivas e aprisionam o tempo.
Afirmo a potência da minha própria existência em inerte movimento no meio das coisas. Afetos me reinventam em acontecimentos. Sei o intempestivo e o vento de lugares outros de pensamento e vida onde a imaginação transborda.
De muitas maneiras já não pertenço ao meu tempo, pois sou composto da vida em todas as formas que definem a paisagem. Eu sou esta terra nova que me ultrapassa e esclarece o vento.
sábado, 17 de novembro de 2018
O "IMPODER"
O "impoder" é a ausência de poder. Poderíamos explora-lo como experiência através da palavra risonha e sem pretensão à verdade.
Para ser um "impoder" ela não pode definir-se como um " contra poder" que, por definição, estaria fadado a ambição de um novo poder. Seu dizer deve ser ficção, um lúdico jogo de prazer, experimentação e criação.
A linguagem despida de valores e significações torna-se um dizer estético da vida como obra de arte e não um saber. Tal palavra se propõe como ficção.
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
O OFÍCIO DE ESCREVER
Escrever para esquecer é o que faz de alguém um escritor. Trata-se de esquecer de si mesmo, de afastar-se de todo cotidiano, através da geografia abstrata das letras. É um desafio a vida e a morte, ao tempo e ao esquecimento.
Não há escritores no dia a dia, apenas na solidão do ofício da escrita onde quem escreve se faz invisível, inventa a si mesmo como um desconhecido.
Maurice Blanchot já nos alertava para esta estranha fronteira que é a literatura, entre o território do dizível e do vívido.
terça-feira, 13 de novembro de 2018
O VIVENTE COMO ANTI SUJEITO
O vivente é o que sente,
O que dorme, acorda.
É ele quem vive e morre.
É o que tem frio, valor
ou sede.
O que dorme, acorda.
É ele quem vive e morre.
É o que tem frio, valor
ou sede.
O vivente é aquele que sabe o peso do mundo,
A necessidade e a expressão do corpo
Como coisa que é gente.
A necessidade e a expressão do corpo
Como coisa que é gente.
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
O MEIO E O VIVENTE
A categoria “vivente”
pressupõe toda forma de vida. E toda forma de vida pressupõe seu meio, seu
ambiente. O vivente é um ser fora de si, sua sobrevivência é uma constante
busca do que lhe ultrapassa. Nada mais distante da imagem de mundo construída pela
racionalidade moderna formatada por uma subjetividade definida por um eu
abstrato e autônomo inspirada pelo dualismo cartesiano. O vivente, ao contrário,
é definido pela nudez biológica da existência inserida em um eco sistema. Para
o vivente o meio é o seu ser. É o espaço e não o logos que o define como tal
através de interações físicas, biológicas e cultural que fazem coincidir um dentro e um fora como atividade de existir.
sábado, 10 de novembro de 2018
O VIVENTE
O vivente não se confunde com o humano, esta abstrata fabulação de nós mesmos. Mas também não é o organismo. É o biológico em sua radicalidade nua do corpo mundo como caos de multiplicidades.
O que vive é composição variante do inorgânico. É o que perpassa tudo sem fazer qualquer sentido.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
DEFINIÇÃO DE LIBERDADE
Talvez liberdade
seja somente este sentimento de permanente estado de incacabamento, de
rearranjos intermináveis que articulam o eu e o mundo através do corpo.
Liberdade é
poder ser ninguém. É fugir a toda identidade e determinação. Ninguém é livre
quando se prende a qualquer definição de liberdade. Liberdade não se define.
Liberdade é
qualquer coisa que te afeta e provoca um riso, um contentamento desmedido e sem
razão.
Liberdade é
riso!
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
A PALAVRA MENOR
A palavra menor dedica-se
ao exercício de deriva da escrita, escapa ao livro como meio e objeto, como
dispositivo de linguagem.
A palavra menor é
titubeante, cheia de reticencias. Ela se perde em aforismos, em inacabamentos,
descontinuidades e recomeço, sem precisar seu objeto. Ela é jogo. Nada
representa. Diz a si mesma. Persegue a nudez do pensamento que já não expressa.
A palavra menor
escreve-se na pele.
O SER VIVENTE
O ser vivente definido pela
biologia,
Pela mente que se faz mundo,
Que se dilui em palavra
E desaparece nas coisas
Através da experiência,
É um comporto entre um dentro e um
fora.
É um apêndice da existência onde
somos todas as coisas.
O que vive persiste em
indeterminado movimento.
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