Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 25 de junho de 2018
sábado, 23 de junho de 2018
O QUE É O TEMPO PRESENTE?
O tempo presente é movimento, indeterminação. Ele contém em si o passado e o futuro. Por isso é um acontecer definido pelo virtual do já ocorrido e do que estar por vir.
Por isso não é preciso dizer que o tempo presente possua uma substância. Ele é a intercessão de todas as possibilidades e como tal não é nada.
O tempo presente não é definido pela ação, como tão comumente o representamos. Mas pelas circunstâncias, pelas premissas da própria possibilidade da ação. São as condições, a determinação espacial de um agora, que o caracterizam. O perecível do circunstancial é o que define o tempo presente como movimento.
sexta-feira, 22 de junho de 2018
A LINGUAGEM COMO GEOGRAFIA
Habito um hábito,
Na palavra como geografia de signos e símbolos.
Mas não me abrigo no significado,
Procuro o campo aberto dos paradoxos,
Das intensidades e experiências
De um dizer imanente
Onde a linguagem se confunde com o corpo,
E os atos, abstratos e concretos,
se transformam em enunciados.
Na palavra como geografia de signos e símbolos.
Mas não me abrigo no significado,
Procuro o campo aberto dos paradoxos,
Das intensidades e experiências
De um dizer imanente
Onde a linguagem se confunde com o corpo,
E os atos, abstratos e concretos,
se transformam em enunciados.
quinta-feira, 21 de junho de 2018
O EU DENTRO DO MUNDO
Existe um ponto hipotético onde não é mais possível separar o eu do mundo.
É quando o dizer se faz fazer e o significado apresenta-se como movimento incerto entre o corpo e as coisas.
Tal plenitude do sentido anula qualquer ilusão subjetiva. É quando o devir domina o tempo e inventa lugares dentro da experiencia.
A intuição do indeterminado redimensiona todos os atos. Somos, então, meras testemunhas de nossos próprios pensamentos.
segunda-feira, 18 de junho de 2018
SOBRE INTERCESSORES E A CRIAÇÃO DA REALIDADE
Para Deleuze, a
verdade não é algo pré existente. É algo que a falseia ideias pré concebidas. A
potência do falso produz o verdadeiro. A verdade, enquanto uma construção
social, pressupõe a ação de
intercessores,
“O essencial são os intercessores. A criação são os intercessores. Sem eles não há obra.
Podem ser pessoas- para um filosofo, artistas ou cientistas; para um cientista,
filósofos ou artistas- mas também coisas, plantas, até animais, como em
Castaneda. Fictícios ou reais, animados ou inanimados, é preciso fabricar seus
próprios intercessores. É uma série. Se não formamos uma série, mesmo que
completamente imaginária, estamos perdidos. Eu preciso de meus intercessores para
me exprimir, e eles jamais se
exprimiriam sem mim: sempre se trabalha em vários, mesmo quando isso não se vê.
E mais ainda quando é visível: Felix Guattari e eu somos intercessores um do
outro.” (Guilles Deleuze. Conversações 1972-1990. RJ: Editora 34, 1992, p.156)
Os intercessores
nos permitem dizer, exprimir, fabular, criar. São essenciais a prática discursiva
e aos fluxos de pensamento. Jamais estamos sozinhos no fragrante delito de
fabular, de criar o real. Não há verdade que não pressuponha um sistema simbólico
e um esforço inventivo.
SOBRE O ANTI ÉDIPO E MIL PLATÔS
Quando se escreve recusando o
significate, procura-se escapar a lei da
sobrecodificação despódica. Como Deleuze & Gattari em o Anti Édipo e Mil
Platôs, busca-se uma concepção dos agentes coletivos de enunciação que
ultrapasse o corte entre sujeito de enunciação e sujeito do enunciado. Os
fluxos contínuos de conteúdo e expressão em seus agenciamentos maquinicos
prescindem de significante. Eles apenas funcionam em linhas de descodificação
absoluta que se opõem a cultura.
Esquizo livros, livros máquinas,
livros uso. É assim que o Anti Édipo e Mil Platôs se tornam leituras do quase ilegível,
onde a linguagem e o texto acontecem como musica, ganham velocidades e ritmos,
timbres e melodias... intensidades.
Há coisas clandestinas dentro da
escrita através dos conceitos que dizem acontecimentos.
quinta-feira, 14 de junho de 2018
ESPAÇO E PENSAMENTO
O espaço é onde tudo está disposto.
É o meio do movimento.
Existimos em coordenadas.
É o meio do movimento.
Existimos em coordenadas.
A própria palavra é um lugar.
Dizer é definir territórios.
Dizer é definir territórios.
O corpo é espaço dentro de outros espaços.
O pensamento é uma forma de estar fora do lado de dentro.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
O AVESSO DA ONTOLOGIA
A realidade é como um sonho.
Não passa de uma fantasia.
Mas nela estamos contidos
Através das imaginações que nos atravessam.
Há sempre um dentro no que existe fora,
Um silêncio que nos surpreende.
Somos exteriores a nós mesmos
Inventando uns aos outros.
Um silêncio que nos surpreende.
Somos exteriores a nós mesmos
Inventando uns aos outros.
Precisamos sempre de novo
Transbordar a realidade
Na constância de um só momento
Que sempre nos surpreende outro.
Transbordar a realidade
Na constância de um só momento
Que sempre nos surpreende outro.
Mas toda eternidade é apenas um ponto
Que define o estático correr do tempo
Enquanto a realidade inverte a si mesma
Revelando o devir contra a consciência.
Que define o estático correr do tempo
Enquanto a realidade inverte a si mesma
Revelando o devir contra a consciência.
Neste exato momento já estou onde estive antes do meu nascimento.
Cada lugar é parte da totalidade de lugar nenhum.
Cada lugar é parte da totalidade de lugar nenhum.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
UMA IMAGEM DE PENSAMENTO
Há uma zona de caos em meus pensamentos.
Um lugar de dúvidas e incertezas
Onde crescem silêncios.
Um lugar de dúvidas e incertezas
Onde crescem silêncios.
Por lá fantasias vagam atônitos
Buscando a forma de conceitos,
Enunciados e significados,
Procuram alcançar algo que vive em segredo
Entre os afetos, as vontades e os gestos.
Buscando a forma de conceitos,
Enunciados e significados,
Procuram alcançar algo que vive em segredo
Entre os afetos, as vontades e os gestos.
Nesta zona de caos os abismos são planos,
Tudo é incerto e provisório.
Não há razão ou verdade,
Nenhuma forma de eternidade.
Tudo é incerto e provisório.
Não há razão ou verdade,
Nenhuma forma de eternidade.
Mas algo de impreciso acontece
Como um lado de fora do pensamento
Nesta zona indecisa entre o real e o virtual de abstratos acontecimentos.
Como um lado de fora do pensamento
Nesta zona indecisa entre o real e o virtual de abstratos acontecimentos.
domingo, 10 de junho de 2018
A VIDA DOS LUGARES
Os lugares possuem sua própria história e sua própria vida. Mesmo quando os convertemos em território, quando os habitamos, não passamos de nada além de um ponto na paisagem. Não importa o quando moldados em função de nossos usos e necessidades, os lugares sempre nos ultrapassam.
Neste ponto onde estou agora, por exemplo, quantas pessoas viveram em outras ambientações e tempos esta mesma espacialidade? poderia responder que este mesmo lugar era outro... que ele não me pertence como nunca pertenceu a ninguém antes de mim em seu devir morfológico.
A vida da paisagem não é biológica. Ignora o sentido, os artifícios do pensamento, os edifícios e transformações que lhe impomos. A terra não é a cidade. Embora a cidade seja a terra.
É preciso fugir a familiaridade da paisagem para redescobri-lá em sua silenciosa existência e movimento. Ela sempre existe além de suas configurações de momento.
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