Um bom leitor jamais se torna um cúmplice de seu autor preferido.
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Um bom livro é aquele que supera seu autor e a intencionalidade que tenta domestica-lo.
Todo bom livro é selvagem...
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Nenhum livro deve ser lido ao pé da letra.
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Toda leitura é um dialogo solitário...
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O agramatical, o desvio imagético é o que torna uma narrativa interessante.
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Autor e leitor se confrontam na aventura de um bom texto. Pois o texto escrito nunca coincide com o texto lido.
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Saber ler e escrever não faz de ninguém um bom leitor.
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Ler é também um ato criativo.
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Um bom livro precisa ser relido periodicamente...
Há muitas camadas em uma boa narrativa.
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A experiencia de qualquer enunciado é essencialmente interpretativa.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
domingo, 13 de novembro de 2016
NIILISMO E VIDA COTIDIANA
Qualquer experiência da felicidade é uma ilusão ingênua e pressupõe a negação unilateral das contradições inerentes a qualquer representação ou consciência da realidade. O chamado "realismo pragmático", por outro lado, é uma questão de má vontade com a vida.
somente o niilismo faz sentido em seu franco desprezo pelo mito do significado e desconfiança das precárias certezas que nos sustentam a afirmação da existência.
A mais eficiente resposta a vida permanece sendo o hedonismo discreto dos indiferentes. Viver é uma questão de comedida embriaguez contra toda filosofia estoica ou ideário moral de uma vida reta.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
EGO E CONSCIENCIA
A consciência moderna identifica-se com um ego abstrato e autoconsciente que reduz tudo aquilo percebe a condição de objeto. Mas o próprio ego é uma espécie de máscara que falseia à consciência, que a cancela como um campo de representações onde o real se apresenta como co-existencia dos fenômenos e coisas que são a própria consciência projetada como exterioridade. Ém lugar de uma realidade objetivamente dada, quando pulamos sobre nossos próprios egos, intuímos a consciência como um participar de tudo aquilo que existe. Estamos imersos na realidade. Mas vivemos do pensa-la como algo diferenciado da consciência.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
CONTRA A IDEIA DE VERDADE
Não acredito em verdades...
valorizo em demasia minhas duvidas,
minhas incertezas
e incapacidade de viver de convicções.
Não gosto de ser muito coerente,
de fazer muito sentido.
Sou inapto a crença ou a fé.
Duvido, as vezes, até mesmo
da minha consciência.
Talvez alguém sonhe minha vida
e este mundo inteiro.
Sei que a realidade não tem garantias.
tudo não passa de uma ilusão realista.
valorizo em demasia minhas duvidas,
minhas incertezas
e incapacidade de viver de convicções.
Não gosto de ser muito coerente,
de fazer muito sentido.
Sou inapto a crença ou a fé.
Duvido, as vezes, até mesmo
da minha consciência.
Talvez alguém sonhe minha vida
e este mundo inteiro.
Sei que a realidade não tem garantias.
tudo não passa de uma ilusão realista.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
SER E DIZER
Dividido entre o sentido e o
espanto
Invento o que sei
Através do dizer que me pensa
No encadeamento das palavras.
Sou apenas aquilo que o texto
Fez de mim
Contra todas as interpretações
possíveis.
Ser é também
Uma questão de hermenêutica.
DEFININDO O PÓS ESTRUTURARISMO
As generalizações abusivas e as narrativa
inspiradas pelo herança de uma racionalidade iluminista, ou simplesmente,
orientadas por uma filosofia do progresso e aperfeiçoamento do gênero humano,
já não encontram eco nas labirínticas paisagens do mundo contemporâneo. Já não
buscamos explicações ou respostas “objetivas”, “causalidades” ou conexões sistêmicas
para domesticar o real e a História.
Apenas
escrevemos nossa literatura das coisas vividas e imaginadas sob a erosão de toda
a tradição. Pensamos sobre ruínas e nos inventamos além de qualquer futuro. Creio ser esta a
melhor forma de descrever o campo do chamado Pós Estruturarismo inspirado pela
filosofia de Niethzsche que reune
autores diversos como Foucault, Deleuze, Lyotard, Baudrillard, Paul Ricoeu,
dentre outros.
NOTA SOBRE O TEMPO PRESENTE
Compartilhamos todos uma mesma
época histórica, Mas vivemos em tempos e
lugares diferentes e em uma relação diversa com o passado imediato. Nunca somos plenamente contemporâneos de nosso próprio
tempo, pois ele é múltiplo em suas possibilidades, processos e significados. Por isso é muito difícil
definir o atual período histórico. Ele só existe em nossas interpretações
diversas como um ato linguístico e não identidario. O tempo do agora é virtual,
fluido e plural em um agora cada vez mais estendido.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
SUPERANDO A HERANÇA ILUMINISTA: POR UMA HISTORIOGRAFIA DESCONSTRUCIONISTA
A História não é sinônimo de
progresso e mudança social tal como protagonizado pelos herdeiros do Iluminismo. Desde as duas
grandes guerras mundiais do ultimo século
, tornou-se no mínimo constrangedor insistir em tal afirmação.
A história não é um processo
orientado por um propósito que faz dos fatos históricos portadores de um
significado racional. Tal ato teleológico é mero fato narrativo e diz respeito
ao tipo de escrita que usamos para qualificar e escrever a história.
A ideia de totalidade não nos faz
falta...
O fragmento, a quebra dos
conceitos demasiadamente abstratos e racionalizantes já não despertam o mesmo
entusiasmo. Não há como acreditar na racionalidade dos acontecimentos e nas
virtudes da causalidade. Pelo menos não sem reconhecer nisso certa dose inflexível
de crença objetivista e reducionista das realidades do ser humano no tempo.
REALIDADE EM TEMPOS PÓS MODERNOS
Desrealizando a realidade e
transmutando o mundo em fabula. Assim seguimos em frente neste dilatado tempo
presente, fugindo ao niilismo reativo, as ruínas do iluminismo e ao vazio do
autoritarismo utópico.
A única herança que nos legou os últimos
séculos são as ruínas da teleologia e projeto iluminista de sociedade. Os juízos
e a realidade já não formam um binômio a mercê das nossas intencionalidades. A representação define o ser como mera
simulação, como ato de linguagem.
A EXISTÊNCIA SE INVENTA CONTRA CADA UM DE NÓS
Atualmente a produção de sentido
e significado se tornou uma tarefa coletivamente ingrata. Já não há ideal de
sociedade que nos sustente personas, hábitos sociais e memórias coletivas que
definam um inequívoco mundo comum. Estamos condenados ao assombro de existir
enterrados em nossas vidas individuais cuja privacidade é cada vez mais uma
questão publica através das redes sociais.
Não há mais onde se esconder...
A existência socialmente se
inventa contra cada um de nós.
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