Deixo meus delírios a vontade.
Gosto da companhia das minhas antipatias,
Afetos, caprichos, humores e defeitos.
Nunca estou sozinho quando recolhido
Em meus mais íntimos recantos de rasa existência.
Sou acompanhado por pomposas fantasias,
Sonhos e imaginações errantes,
Contra o deserto e o mau gosto da realidade.
Por isso evito pessoas e gosto da superfície dos espelhos.
Em que outro lugar, afinal, poderia inventar bons diálogos?