O eu é hoje um principio social tão decisivo que não mais reconhecermos fronteiras muito nítidas
entre nossa condição privada (pessoal) e pública (impessoal).
Enquanto indivíduos não somos capazes de estabelecer uma relação com nós mesmos sem tender ao outro, ao que esta fora de nós. Assim, seria possível falar de uma zona irracional de interseção entre o individual e o coletivo. Simplesmente não podemos nos situar em relação ao primeiro sem nos inscrever no segundo.
Enquanto indivíduos não somos capazes de estabelecer uma relação com nós mesmos sem tender ao outro, ao que esta fora de nós. Assim, seria possível falar de uma zona irracional de interseção entre o individual e o coletivo. Simplesmente não podemos nos situar em relação ao primeiro sem nos inscrever no segundo.
Neste sentido, é saudável romper com a dicotomia construida pela
modernidade entre o individual e o coletivo, pois existimos em individuação, em
um cuidado de si que é também um saber e ser no mundo.
A intersubjetividade e
as sociabilidades não se limitam a um pertencimento mecânico do individuo
singular a uma comunidade ou sociedade. As paixões coletivas são geradas no
plano dos sentimentos individuais. Já na micro-física de nossa intimidade, ainda estamos longe de racionalizações que
esgotem aquilo que cotidianamente nos faz humanos, o retraimento e a futilidade que nos é imposto
pelo nosso mais imediato "agir privado". Cabe hoje redefinir o campo da
intimidade e seus protocolos irracionais. Quem somos quando não estamos em
público revela o tipo de mascaras sociais que precisamos.
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