Antes a vida humana era
determinada pelos astros ou pela
providencia. Hoje é determinado pela realidade social e econômica, segundo os
atuais portadores da verdade objetiva de plantão. Sempre alguma forma de
determinismo impõe ao mundo uma ordem e soluções.
Mas, pessoalmente, prefiro
acreditar que há mais acasos condicionando minha existência do que causalidades,
sejam metafisicas ou materialistas. Nunca terei a vida que espero, mas aquela
que me será possível através da soma absurda de variáveis que não cabem em
qualquer planejamento. O futuro sempre fica pelo caminho e é ingênuo acreditar
unilateralmente no imperativo das circunstancias.
Não determino todos os fatos da minha vida, mas
sei que sou uma combinação complexa de fenômenos internos e externos diversos, cuja totalidade
escapa a qualquer racionalidade estreita.