Eternidade não passa de um
estranho estado de consciência no qual deixamos de estar no aqui e agora dos
fatos e acontecimentos e mergulhamos em imagens prazerosas e atemporais que
podem tanto serem personificadas por
lembranças infantis, quanto por imagens universais de lugares ou épocas que
jamais vivenciamos.
A eternidade é apenas uma forma
de devaneio, de fuga da brutalidade da consciência da realidade com a qual
somos obrigados a lidar todos os dias.
Gostaria de pode abandonar este
cotidiano que chamam de vida e me perder na irrealidade de um sonho profundo
onde a existência se revele mais real afetivamente.
Tudo aquilo que hoje em dia nos
parece possível revela-se muito pouco, demasiadamente estéril.