domingo, 22 de novembro de 2015

SUPERANDO A FORMA HOMEM


A dobra do tempo presente passa pelo esvaziamento da forma –Homem, segundo Foucault. Trata-se do pensar-outro do pensamento no vazio do homem desaparecido. Em outras palavras, se em Hegel ou em Marx a ultrapassagem do presente aponta para a realização do humano, . Trata-se aqui de, como Nietzsche, pensar a ultrapassagem do presente como um ultrapassar do humano como propósito e medida de todas as coisas.

O pensar não deve permanecer cativo a interioridade do sujeito que pensa, deve ser um pensar do pensamento, uma critica aos pressupostos da razão ocidental. Assim, o tempo presente é definido por um deixar de ser o que somos, por um movimento em direção ao que ainda não somos e , portanto, nos é estranho.
Este inteiramente outro de nós mesmos é o que me parece ser a meta do pensamento contemporâneo. Talvez, como alerta Baudrillard, a realidade tenha se esgotado enquanto sentido.
Como ele próprio nos diz em COOL MEMORIES III (FRAGMENTOS DE 1991-1995):

“A arte foi a transfiguração poética do real. A filosofia foi a transfiguração poética do conceito. O que é preciso transfigurar poeticamente daqui em diante é o desaparecimento disso tudo- do real, do conceito, da arte, da natureza e da própria filosofia.”


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