Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
OPUS
Enterro futuros
Nas almas das coisas
Através dos atos
Que me definem
Provisoriamente
Como migalha
De sangue e carne...
Meu destino, entretanto,
Pouco me importa....
Aceito no mesclar dos dias
O novíssimo acontecer de mim mesmo,
O efêmero e agora da vida,
Como principio único da existência.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
MORTE AO VIVO ( THE LIVING END) BY STANLEYN ELKIM
Originalmente publicado em 1979 MORTE AO VIVO ( THE LIVING END) by Stanleyn Elkim, permanece sendo uma perola única da ficção contemporânea norte americana. Arrisco-me a defini-la como uma espécie de comedia teológica, gênero que deveria ser mais explorado, onde os valores morais e crenças de inspiração judaico cristã, inspiradas pelo maniqueísmo entre o bem e o mal são relativizadas em uma metafísica comedia de costumes...
Ellerbee, a personagem central da narrativa, é o correto e digno dono de uma loja de bebidas que acaba assassinado durante um assalto. Em sua vida alem tumulo ele se confronta com o caprichoso e megalomaniaco deus do antigo testamento, que não exita em lhe mandar para o inferno simplesmente porque costumava abrir seu comercio aos domingos.
Com um humor corrosivo Elkim cria um cenário e uma leitura insólita e absurda da vida após a morte revelando o lado sombrio do criador e da eternidade; lado tão sombrio que dispensa a existência de um opositor personificador do principio do mal.
A narrativa termina com um surpreendente juízo final, aqui entendido como a ressureição dos mortos e o golpe final de deus diante de uma perplexa e mal resolvida “sagrada família”.
Trata-se, definitivamente, de uma experiência única mergulhar nas paginas desta deliciosa paródia da “Divina Comedia”....
BLACK TIME
Agora a pouco
O tempo
Passou por mim
Sonhando...
Passou triste
E pensativo,
Sem ilusões de eternidades.
Sei que buscava em silencio
O mais intenso
Dos futuros possíveis,
As mais profundas horas
De um amanhã desnudo
E ininteligível que jamais viverei...
sábado, 30 de janeiro de 2010
FRAGMENTOS SOBRE O SABER CIENTIFICO
A ciência é a duvida transformada em método.
@
A construção do saber cientifico pressupõe acima de tudo criatividade.
@
Toda ciência é uma eterna luta contra a verdade das ilusões cotidianas.
@
Pensar é criar e recriar constantemente o mundo e a realidade como uma codificação racional e lógica.
@
As ciências desafiam verdades e absolutismos culturais na medida em que existe como radical expressão da liberdade.
@
Onde a fé impera, a ciência esta morta.
@
Existe um profundo abismo entre o entendimento e a compreensão.
@
A ciência é uma opus coletiva na qual a individuação é fundamental.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
FRAGMENTOS SOBRE A IDEIA DE VERDADE
Deve-se acreditar em tudo aquilo que se faz, partindo da premissa DE QUE NADA É VERDADEIRO.
@
As auguras humanas nada significam frente à complexidade do universo. Quanto mais o conhecemos pela ciência mais nos damos conta da insignificância da condição humana e suas pretensas realidades.
Afinal, o universo é mais interessante do que qualquer idéia ou concepção de deus. Principalmente quando concebido imagem e semelhança do homem...
@
Toda certeza é volúvel na mesma intensidade em que é sedutora...
@
As melhores perguntas são aquelas cujas respostas são provisórias ou insatisfatórias, nos conduzindo a especulação e ao erro.
@
A curiosidade vale mais do que qualquer crença...
A curiosidade vale mais do que qualquer crença...
@
Deixar de acreditar em qualquer coisa, desconstruir uma verdade, é a mais autentica experiência do verdadeiro.
@
A verdade é como o vento...
NOTA PARA UMA FILOSOFIA DA MULTIDÃO E DO NADA SOCIAL
Mergulho no ativo anonimato do caos das ruas, observando pessoas e colhendo cotidianos cacos de atos e conversas, ecos de estranhos no fluxo da multidão. Constato, assim, os lugares comuns do inventário dos indivíduos, na mesma medida em que percebo a insignificância de toda vida que porcamente povoa o mundo, da inutilidade e artificialismos das fragilidades da existência, que nutrem nossas personas.
A maior parte do tempo vivido não faz a menor diferença em nossa biografia, se quer alcança o acontecer como "agora" em potência.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A VIDA E O NADA
A vida humana
É como um retalho de tempo
Abandonado ao acaso
No caos do mundo,
Um insignificante acontecimento
Que lentamente se desfaz
Em seu próprio vazio...
Minha humanidade
É viver de minhas sobras
Cultivando o nada
Que semeia em toda palavra
O saudável veneno do silêncio...
É como um retalho de tempo
Abandonado ao acaso
No caos do mundo,
Um insignificante acontecimento
Que lentamente se desfaz
Em seu próprio vazio...
Minha humanidade
É viver de minhas sobras
Cultivando o nada
Que semeia em toda palavra
O saudável veneno do silêncio...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
REAL LOVE
Procuro inutilmente
Adivinhar a intimidade
Daquela MOÇA
Que decora em perfume e forma
O passeio público,
Que rouba,
Por um segundo,
Meu pensamento mais que profundo...
Sei que no fundo
Ela diz outro rosto.
Alguém que não conheci,
Não conheço
E jamais conhecerei.
Mas, entretanto,
Povoará meus sonhos
Até o último dia
De minhas ilusões
De existência e vida...
My live is a Woman...
REAL WORD
Algumas palavras
Dançam em algazarra,
Totalmente embriagadas,
No escuro palco
De um intraduzível pensamento.
Sei que nada
O fará legível
E, estas palavras,
Serão apagadas pelo silêncio
Do sono que a madrugada acorda.
Nunca dirão ao mundo
O estranho significado que guardam
Como o segredo e delírio
De alguma fantasia de viva verdade...
WORD IS FREEDOM
domingo, 24 de janeiro de 2010
SOBRE A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
Normalmente os manuais e compêndios de filosofia guardam um curioso e desafiador silêncio com relação à filosofia contemporânea ou, o que poderíamos denominar, em termos heterodoxos, como “filosofia do tempo presente”...
Ainda se sustenta uma imagem conservadora de filosofia que a vincula ao cânon dos grandes filósofos da Antiguidade, Idade Media e primórdios da modernidade, como Decartes e seus pares.
Mas ao longo do século XX, pensadores como Heidigger , Witgenstein, Bertrand Russel, Sartre, Jean Baudrillard, Donald Davidson, dentre muitos outros, de diferentes e diversas maneiras, procuraram dar respostas aquele difuso sentimento epocal de que nossas representações e codificações de mundo já não significam grande coisa e não fornecem subsidios relevantes a sustentação simbolica de nossa realidade vivida.
Pela primeira vez a filosofia recvonheceu o caos como imagem e possibilidade possivel do real humanamente construido e tentou estabelecer novas bases para o conhecimento e o saber aproximando-se, em algumas vertentes da cultura laica do saber cientifico. Premissa clara, especialmete, no campo da filosofia da linguagem e da filosofia analitica .
Afinal, o que significa filosofia hoje?...
Assinar:
Postagens (Atom)