Originalmente publicado em 1979 MORTE AO VIVO ( THE LIVING END) by Stanleyn Elkim, permanece sendo uma perola única da ficção contemporânea norte americana. Arrisco-me a defini-la como uma espécie de comedia teológica, gênero que deveria ser mais explorado, onde os valores morais e crenças de inspiração judaico cristã, inspiradas pelo maniqueísmo entre o bem e o mal são relativizadas em uma metafísica comedia de costumes...
Ellerbee, a personagem central da narrativa, é o correto e digno dono de uma loja de bebidas que acaba assassinado durante um assalto. Em sua vida alem tumulo ele se confronta com o caprichoso e megalomaniaco deus do antigo testamento, que não exita em lhe mandar para o inferno simplesmente porque costumava abrir seu comercio aos domingos.
Com um humor corrosivo Elkim cria um cenário e uma leitura insólita e absurda da vida após a morte revelando o lado sombrio do criador e da eternidade; lado tão sombrio que dispensa a existência de um opositor personificador do principio do mal.
A narrativa termina com um surpreendente juízo final, aqui entendido como a ressureição dos mortos e o golpe final de deus diante de uma perplexa e mal resolvida “sagrada família”.
Trata-se, definitivamente, de uma experiência única mergulhar nas paginas desta deliciosa paródia da “Divina Comedia”....
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