Vinculada ao idealismo transcendental de inspiração kantiana, que pressupõe a realidade fenomenológica como uma representação subjetiva, a filosofia de Arthur Shopenhauer é, como se sabe, uma filosofia da vontade, vista como esencia da subjetividade e do eu.
Trata-se aqui de uma vontade universal e abstrata diante da qual o finito e limitado individuo humano mergulha nas “dores do mundo”. Há no pensamento de Shopenhauer um vinculo profundo entre vontade e sofrimento que lhe fez por merecer a alcunha de filosofo do pessimismo. Entretanto, não é propriamente o sofrimento que este autor nos ensina, mas a objetivização da vontade e a onipotência dos instintos como caminho para o essencial da experiência humana: O NADA que transcende a ingenuidade do mero “querer viver”...