Nas últimas décadas assistimos ao desenvolvimento, principalmente nos Estados Unidos, de uma ampla releitura da mulher e do feminino enquanto realidade e imagem psíquica ou simbólica. A hoje chamada “nova psicologia das mulheres”, inspirada pela psicologia analítica inaugurada por C G Jung, é um dos mais fecundos produtos deste revisionismo cultural.
Um interessante exemplo é o trabalho da psiquiatra norte americana Jean Shinodra Bolen: As Deusas e a Mulher: Nova Psicologia das Mulheres. Neste, a partir da imagem de sete deusas gregas: Demeter, Perséfone, Hera, Hestia, Atena, Ártemis e Afrodite, a autora procura apreender através de padrões comportamentais e traços de personalidade elementares os múltiplos imperativos psíquicos que definem o movimento diverso de coisas que é cada mulher.
Como ressalta a autora, a condição feminina é condicionada não apenas a estereótipos culturais em seu relacionamento com o mundo, mas também a grandezas arquetipícas peculiares em sua relação consigo mesma.
A compreensão destas grandezas psíquicas interessa tanto as próprias mulheres quanto aos homens, pois nos conduz a uma consciência e a uma experiência mais complexa da própria condição humana. O mito da Grande Deusa e das deusas enquanto imagem da psique coletiva mostra-se pertinente em tal empreendimento na medida em que:
“Quando um mito é interpretado intelectual ou intuitivamente, isso pode resultar em alcance novo de compreensão. Um mito é como um sonho do qual nos lembramos, até mesmo quando não é compreendido, porque ele é simbolicamente importante. De acordo com o mitologista Joseph Campbell, ‘ Sonho é mito personalizado; mito é sonho despersonalizado’. Não é de admirar que os mitos invariavelmente pareçam algo algo vagamente familiar”
( Jean Schinoda Bolen. As Deusas e a Mulher: Nova Psicologia das Mulheres/ tradução de Maria Lydia Remédio; revisão de Ivo Storniolo. SP: Paulus,1990 ( Coleção Amor e Psique), p. 2)
Um interessante exemplo é o trabalho da psiquiatra norte americana Jean Shinodra Bolen: As Deusas e a Mulher: Nova Psicologia das Mulheres. Neste, a partir da imagem de sete deusas gregas: Demeter, Perséfone, Hera, Hestia, Atena, Ártemis e Afrodite, a autora procura apreender através de padrões comportamentais e traços de personalidade elementares os múltiplos imperativos psíquicos que definem o movimento diverso de coisas que é cada mulher.
Como ressalta a autora, a condição feminina é condicionada não apenas a estereótipos culturais em seu relacionamento com o mundo, mas também a grandezas arquetipícas peculiares em sua relação consigo mesma.
A compreensão destas grandezas psíquicas interessa tanto as próprias mulheres quanto aos homens, pois nos conduz a uma consciência e a uma experiência mais complexa da própria condição humana. O mito da Grande Deusa e das deusas enquanto imagem da psique coletiva mostra-se pertinente em tal empreendimento na medida em que:
“Quando um mito é interpretado intelectual ou intuitivamente, isso pode resultar em alcance novo de compreensão. Um mito é como um sonho do qual nos lembramos, até mesmo quando não é compreendido, porque ele é simbolicamente importante. De acordo com o mitologista Joseph Campbell, ‘ Sonho é mito personalizado; mito é sonho despersonalizado’. Não é de admirar que os mitos invariavelmente pareçam algo algo vagamente familiar”
( Jean Schinoda Bolen. As Deusas e a Mulher: Nova Psicologia das Mulheres/ tradução de Maria Lydia Remédio; revisão de Ivo Storniolo. SP: Paulus,1990 ( Coleção Amor e Psique), p. 2)