Despido de convicções e verdades,
me faço corpo em movimento,
transição e silêncio.
Busco alguma forma nova de expressão,
além da palavra e do gesto,
um ato inédito de transgressão,
que rasgue as amarras da simples Razão
destruindo toda relação de poder,
destituindo toda forma de dominação, colonização e opressão.
Despido de tudo que é branco
e fede a Estado e Europa,
quero respirar liberdade,
provar naturezas selvagens,
inventar o abismo de um novo mundo.
Quero inventar vertigens, simulacros,
contra a ilusão de progresso e civilizações.
Quero ressuscitar todos os deuses pagãos,
descobrir no céu novas constelações.
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