e o mundo é como eu sou.
Mesmo que eu seja ninguém
e o mundo seja sempre muitos,
apesar de único.
Sei que mudo o tempo todo
e o mundo é sempre um outro
inventando o futuro.
Talvez um dia eu me torne alguém,
antes que o nada me arranque de tudo.
Mas, bem lá no fundo,
onde eu não vejo
e não sou o mundo,
há um rosto mudo
esperando por mim,
ou por alguém,
que nunca chega,
e sempre está por vir,
ou esperando que o dia amanheça.
Na vida,
tudo que há é transição ,
indeterminação e incerteza.
Sou como me vejo no mundo
e não como o mundo me enxerga.
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