Seguiremos atônicos
entre o assombro e o desassossego.
Já não pertencemos ao mundo,
nem a nós mesmos.
Nosso tempo é o impertinente e inconcluso absurdo
que desafia os limites do presente, os abusos de um futuro pré moldado por um eterno passado.
Nada nos define.
Tudo é angustia,
em nossa embriagada busca
por liberdade e infinito.
Estamos sempre em mudança,
em movimento,
onde pouco importa
o que hoje é notícia
na contramão do intempestivo desejo.
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