Entre a vertigem da desmedida dos fatos descontrolados que desfilam nas telas do mundo digital e a mesmice do sob controle da rotina mais banal, inventamos a existência como mansa loucura, desequilíbrio coletivo, singularizado como forma de simulação de vida, como ação que circula através dos signos entre o verbal e o não verbal dos acontecimentos.
A genealogia da moral dos fracos frequenta a critica dos solitários e desassossegados aos mansos de espirito. Há muita saúde entre os condenados à um novo dia do sempre igual. Pois na contramão do tempo vivido e institucionalizado, eles sabem que qualquer coisa muda e urgente foge e transborda sempre ao controle da razão, se transmuta em luto e luta na emoção da queda de algum velho enunciado no chão.
Há palavras grávidas de um sem tempo dizendo o impossível no vento nas encruzilhadas do surrealismo ... isso é o que hoje sabemos na intuição de uma vida que ainda nos espera desde parto.
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