terça-feira, 6 de julho de 2021

DAS NUVENS NO CÉU

A arquitetura das nuvens na amplidão azul do vazio do céu  fere meus olhos .

Percebo-me subtraido de mim mesmo diante do firmamento.

Sei que o céu é ateu e debocha em silêncio  da nulidade do humano.

Ele nos assombra com a indiferença da natureza,
com a insignificância da vida,
frente a imanência da imensidão silenciosa.

A imaginação  das núvens não  tem limites
e não sabe nenhuma razão.
Pois o céu é o domínio do caos e do vento
e as nuvens um brinquedo do acaso.

As halturas das asas dos pássaros
não  sabem o mais profundo do céu. 

 



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