A
consciência como efeito do corpo não dá conta do mundo. Contida nele é relação,
ponto de interseção entre o animal e o humano, entre o orgânico e o inorgânico,
o vivo e o morto, o possível e o impossível, o sentir e o pensar, dentre tantos
outros jogos de opostos que modulam nossa experiência do real.
Mas
a consciência também é fuga das oposições, composição de multiplicidades dentro
de multiplicidades, paradoxo e indeterminação.
Precisamos
não pensar sobre isso, provar um dia de sol espremendo o tempo como quem rouba
o suco de uma laranja.
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