Sou aquele que não se move,
Que permanece inerte
No meio das coisas.
Sou a paisagem em seu movimento.
Não sei um rosto,
Não tenho casa.
Tudo em mim é acontecimento,
Poesia e afeto
Que não se conforma a palavra.
Existo fugindo do que me define fora da paisagem.
Existo como vivem às pedras,
E, entretanto, nada em mim é inércia.
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