Tenho sido desafiado pelo implacável tema de uma geografia das ausências. Nela cabem meus mortos, o desejo, as representações ocas dos discursos que tende sempre a verdade, minhas incertezas e frustrações diante da própria escrita que me escapa.
A vida e a palavra são preenchidas por ausências, povoadas por faltas que me preenchem. Sobre elas paira sempre um quase silêncio, uma presença não discursiva que é a própria nudez da existência. Hábito em minhas ausências. Elas são a pátria de todos os afetos.
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