quinta-feira, 18 de outubro de 2018

ESCUTAR COM OS OLHOS, FALAR COM AS MÃOS


Algumas pessoas escutam com os olhos e falam com as mãos.  É uma questão de sensibilidade para as curvas e nuanças da comunicação, para o que há de  verbal e não verbal no ato de expressão. É sempre preciso estar atento para o que é dito em silencio e a margem das palavras. Raramente nos damos da múltipla dimensão do ato de comunicação que depende não apenas do tido, mas fundamentalmente da escuta. Ou mais precisamente, das diversas formas de escuta e apreensão de uma mensagem. De outra forma, comunicar-se não passa de um monologo.

Escutar com os olhos e falar com as mãos é aqui apenas um exemplo  do quanto podemos ser versáteis em nossa  forma de dizer e ouvir ampliando as estratégias de ser visto. Antes de tudo somos seres simbólicos, e a circulação de signos obedece a um fluxo de imagens que definem tudo aquilo que é visível em uma sociedade. Mas é surpreendente o quanto aquilo que contradiz as normativas de expressão nos excita. O que se convencionou no plano das artes como modernismo é juntamente a personificação deste exercício de experimentação.


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