quarta-feira, 22 de agosto de 2018

DESPERSONALIZAÇÃO



A imaterialidade da experiência forte da subjetividade é uma das segmentações estruturantes de nossa definição de real. Nos auto representamos como um ponto bem situado no plano da existência, como um eu que se conforma a determinadas experiências, afetos e convicções de uso diário e comuns.

A despersonalização imposta pela circulação de signos e símbolos coletivos é tão sutil em nosso meio social que tomamos como demasiadamente pessoal nosso conformismo as narrativas socialmente estabelecidas.

Assim, replicar uma determinada formula discursiva nos proporciona a ilusão de identidade, a imaterialidade de um plano existencial que habitamos e que nos habita como uma escolha afetiva. Mas no fundo são os discursos que se fazem acima de nossas cabeças extrapolando o falso jogo da representação.



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