A imaterialidade da experiência forte da
subjetividade é uma das segmentações estruturantes de nossa definição de real.
Nos auto representamos como um ponto bem situado no plano da existência, como
um eu que se conforma a determinadas experiências, afetos e convicções de uso
diário e comuns.
A despersonalização imposta pela circulação
de signos e símbolos coletivos é tão sutil em nosso meio social que tomamos
como demasiadamente pessoal nosso conformismo as narrativas socialmente
estabelecidas.
Assim, replicar uma determinada formula
discursiva nos proporciona a ilusão de identidade, a imaterialidade de um plano
existencial que habitamos e que nos habita como uma escolha afetiva. Mas no
fundo são os discursos que se fazem acima de nossas cabeças extrapolando o
falso jogo da representação.
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