Quando me ponho diante de um espelho e tento me descrever, surpreendo diante de mim uma anônima versão de mim mesmo.
Não sou aquele que revela a visão. Não sou minha voz e nem mesmo meus pensamentos. Sou qualquer coisa indeterminada, sem substância, entre o corpo e o mundo. Mas também não sou este eu que se inventa através de um discurso.
Ser qualquer coisa é uma pretensão tola. Tudo que faz sentido é não fazer sentido.
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