A arte de
decifrar confunde-se com a experiência da interpretação. Assim, combina
cumplicidade e imparcialidade na produção do sentido de um texto ou de uma
realidade. Mas não se trata de um exercício de dedução no melhor ou pior uso do
aparato caduco da tradição do pensamento. Trata-se de comprometimento, de
pensar onde não somos, de adentrar labirintos. A compreensão de qualquer coisa é
sempre interpretação e, portanto, pressupõe algo de falsificação, de reinvenção.
Não é a verdade das coisas que alcançamos, mas sua simulação. Não é o sujeito
fundante do Ser como pensamento que nos substitui no ato de decifrar. O enigma
inventa a si mesmo e já contem sua própria resposta. Desta forma, o sentido
possui sua soberania. Mas não remete a um significante ou a um significado, mas
a um revelar-se como exterioridade interiorizada, como um fora que se torna
dentro. Decifrar é movimento, é um estado e não um ato. Ele é o exercício de
uma mobilidade labiríntica.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
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