É fato que
conhecimento não esta associado apenas à linguagem científica, mas a toda forma
de saber, a todos os artifícios simbólicos que nos permitem codificar o mundo e
a realidade através de alguma forma de linguagem. Desta forma, a poesia é um
modo de conhecimento que, desde o Romantismo, passando pelo Dadaísmo e
pelo Surrealismo, nos faz refletir sobre
os limites da representação que, desde de Platão, se impôs a cultura ocidental
como sinônimo de conhecimento legitimo.
A verdade é para
nós a referencia que define a legitimidade do conhecimento. A poesia, ao
contrario, remete a um saber que se dobra sobre a linguagem, que encontra nela
a vocação ao significado e não em qualquer suposta relação entre palavra e
objeto. Dizer não é descrever, mas criar um plano imaterial de existência, um
fora de si e do mundo da experiência que, entretanto, o fundamenta como vivência.
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