A palavra viva que apresenta o corpo,
Que colhe olhares
E se mistura aos gestos,
As sutilezas da paisagem facial,
É mais intensa do que
qualquer palavra morta
Presa a tela morna do computador.
Afinal, vivemos tempos de falência da representação,
De niilismos gramaticais
E fluxos de instantaneidade de ultra presentismo.
É tempo de improviso,
De onipresença do efêmero
Como medida de todas as eternidades possíveis.
A discussão e a performance
É agora uma estratégia do pensamento
Onde o sentido se faz no acontecer naufrago do discurso.
A palavra finalmente é a vida.
Uma vida grega e antiga
Onde as praças se multiplicam e se desdobram.
O pensamento já não tem mais um lado de dentro,
E não se inventa como um lado de fora.
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