Para Jung os processos psíquicos
antecedem a consciência do eu e o pensamento existe muito antes da consciência
do próprio pensamento. Isso porque, para ele, o pensamento, a razão, não são
processos autônomos, mas dependentes de uma dada estrutura cognitiva, são, em
outros termos, funções psíquicas conectadas a um grande processo psíquico que é
como uma realidade in potenctia.
Tal como o corpo contem toda a
história evolutiva da humanidade através do DNA, o psíquico possui algo
equivalente a isso, que seriam os arquetípicos, pois através de imagens (complexo
de representações) eles se manifestam na consciência como uma espécie de
ordenador inconsciente buscando alcançar objetivos como todo organismo vivo. O
inconsciente coletivo é como aquela condição previa ou esquemas constituintes
da psique que em si mesmo são imperceptíveis e não representáveis, mas que
configuram todas as nossas representações.
Assim, nossa subjetividade não
deve ser buscada na afirmação sempre relativa do eu como centro da consciência.
Deve-se mesmo questionar até que ponto somos senhores ou escravos de nossos
pensamentos e formulações.
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