Onde quer que estejam meus trapos verbais
Serei sempre este miserável
Que polui a face da escrita.
Sempre este provocador,
Destilando ódio e humor
Contra as cenas cotidianas
Das palavras abertas da ordem.
Aos amantes do bom dizer
E de boas ideias de mundo,
Ofereço meu mais franco desprezo
Pelas regras gramaticais,
Pela ordem de todos os discursos.
Não me engana qualquer
disciplina,
Nenhum conceito ou verdade.
A linguagem selvagem, fechada
sobre si mesma
Contra a normativa do sentido,
É minha trincheira de significação.
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