Há algo de
teatral no ato de falar e escrever. Comunicar-se é mais um exercício de expressão
do que propriamente um intercâmbio entre o “eu” e o “tu”. È um ato solitário de
linguagem onde nos relacionamos mais com os enunciados de um dado discurso que
apresentamos do que propriamente com o receptor.
Nesta perspectiva,
comunicar-se é solitário e pode ser considerado a variante, mesmo contraditória,
do monologo. Afinal, a leitura e a escuta muito frequentemente apenas
precariamente ecoam o objeto. O diálogo é
um luxo entre os seres humanos.
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