quarta-feira, 7 de junho de 2017

PANACÉIA VIRTUAL

 Na atual sociedade de consumo somos induzidos a  buscar uma felicidade quase publicitaria definida pelos mimos das novas tecnologias digitais. Tudo se converte em acontecer simbólico, imagético, através da tele-vida oferecida pelos  celulares, jogos eletrônicos e  outros paraísos artificias que nos transportam ao acontecer virtual ao qual fomos iniciados pela tela do computador. Mas já não se trata mais de estar conectado, mas de viver a conectividade como um modo de existência , como uma extensão  de nosso acontecer no mundo. É cada vez mais difícil pensar, sentir e se expressar longe de uma tela.

Pode ser que logo chegue um tempo em que o próprio conceito de humano nos pareça demasiadamente antiguado para a persona virtual  que cada vez mais nos serve de duplo e tranborda. 

Pode ser que a simulação substitua um dia o mundo tal como conhecemos impondo o virtual como um novo e complementar referencial de realidade. 


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