Sonhava com a transparência
imanente de um eterno presente,
Apostava no ato perpétuo de se
saber através do espelho
Contra todos os limites da
realidade.
Queria confundir-se com seu
próprio reflexo
Até não saber mais de si mesmo
com precisão.
Precisava esvaziar-se de suas
certezas e pensamentos,
Adentrar o escuro de suas duvidas
E o abismo de seus limites.
Vivia a perplexidade de saber
muito pouco sobre si mesmo
E se afogava na ansiedade de não
se reconhecer
Nas paisagens de sua própria
vida.
Não queria mais não ser naquele
rosto que demasiadamente era.
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