A volúpia culinária e o bem
vestir, a economia do superficial, é ainda uma peça importante do jogo social.
A aparência permanece como um artifício de prazer e prestigio. Mesmo que em uma
sociedade de consumo o uso de tal artifício não seja mais um privilegio, uma forma de distinção, mas
uma lei comum e banal a qual a grande maioria, dentro de suas possibilidades,
procura obedecer.
O uso do luxo e do bom gosto é uma forma de simular
a alegria de viver, quando ela já não é mais possível de outra forma que não
passe pela simulação, pelo registro virtual e
compartilhado. Cada um de nós
inventa seu próprio simulacro reproduzindo aquilo que acredita que a
vida deveria se como exibicionismo e exposição de um tipo ideal de ilusão.
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