Entre os fluxos de expressão e os
fluxos de conteúdos, através dos signos codificamos a realidade em vários ritmos,
modos de sensibilidade e estratégias narrativas. A consciência não é em si
mesma, mas na forma como percebemos as coisas.
Tendemos a reduzir tudo a uma
logica binaria, a um jogo de oposições onde a síntese ou a conclusão nos
escapa. É como se o verdadeiro sentido nos escapasse na medida em que não somos
capazes de produzir uma coincidência dos opostos, uma transcendência das categorias
formais de nossas premissas epistemológicas. Dai a necessidade de subverter a
linguagem, de ir além das próprias premissas do entendimento.
O entendimento esta condicionado
a um agenciamento pelo próprio desejo de conhecer. Construímos uma relação
afetiva com o conhecimento. Nos enamoramos dos objetos que inventamos e, como
prova de amor, reduzimos a realidade a seus conteúdos. Tentamos a eles reduzir
o fluir do pensamento, Como se ele não fosse instável e provisório em um delírio
de interpretação do próprio real.
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