Tal como o excesso de informação,
o excesso de memória nos torna passivos e indolentes através da banalização, do
divorcio entre vivificação e cultura, entre mundo e experiência. Já não somos
capazes de verificar os rastros do passado dentro do nosso presente. Nem mesmo nos
interessamos mais por nossa própria historicidade. Pelo menos do ponto de vista
de uma história racional e teleologicamente orientada para o progresso da
humanidade. Sob as ruínas da modernidade dilaceramos o mito da razão triunfante
e abandonamos as velhas meta narrativas para brincar entre os cacos de seus enunciados.
Somos agora uma
pluralidade de forças e tendências em perpetuo devir e a deriva em um tempo
presente cada vez mais elástico.
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