Vivemos o desafio de uma
filosofia antiteoretica onde o conhecimento revela-se um jogo, um envolvimento
cada vez mais profundo com a ilusão de verdade. As palavras precisam trair ao
seu próprio significado, ser transfiguradas em cada frase. O intelecto
mascara-se, inventa disfarces, na busca pela afirmação de seu dizer o mundo.
Tudo por mera vaidade ou simples necessidade de “saber”. Mas já não há mais verossimilhança que nos atraia para o dizer da
razão ou ao conformismo da estreiteza dos dogmas científicos. Somos
cotidianamente confrontados com o nonsense,
com os limites de todos os discursos.
Isso é o mesmo que dizer que a existência
já não é passível de leituras serenas, que já não podemos nos abrigar a sombra
de nenhuma verdade gnosiológica e nos conformar as interdições das convenções.
Temos fome de novidades, justamente agora que todas as possibilidades de
mudança parecem diluídas pelas metamorfoses do sempre igual epstemológico.
O pensamento tornou-se nômade...
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