O essencial da representação
ficcional esta na impossibilidade do momento. Mas tal impossibilidade pode
acontecer não apenas em função de sua condição de não acontecimento, mas também
por sua conversão a memória e a vestígio.
Quanto mais distante um
acontecimento se faz na linealidade cronológica da modernidade, mais nítido ele
se torna enquanto ocorrência imagética,
um re-vivenciar daquilo que jamais foi vivido, mas permanece no caminho de
todos nós como uma pegada. É preciso mostrar aquilo que não vimos, reinventa-lo como
experiência presente. O que só é possível
mediante a transcendência do fato bruto.
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