Ao individuo contemporâneo,
reduzido a si mesmo, cabe promover a recusa do seu acontecer social formatado
pela integração de personas, das mascaras impostas pelos padrões de
sociabilidade e identidade cristalizados pela tradição.
Atualmente, cada um pode reaprender-se
através de todas as lacunas de sua existência concreta, pelos devaneios do “poderia-ser”.
Não se trata da reivindicação de qualquer egoísmo utópico ou idealista, mas da
simples constatação de que todas as verdades coletivas deixaram de fazer pleno
sentido.
Já não existem respostas as nossas angustias e
ansiedades privadas que não passe por uma reinvenção das sociabilidades. As
formas tradicionais de estar entre os outros perderam a hegemonia e já não existe um roteiro social pré definido
por um ethos universal.
O comportamento do individual nunca foi tão
livre para reconfigurar-se sem o peso de um dever ser. Os insondáveis meandros
da liberdade de cada um definir
autonomamente suas estratégias de significação do mundo. A individuação está na
ordem do dia do acontecer social.
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