segunda-feira, 16 de maio de 2016

COMUNICAÇÃO E CONTEMPORÂNEIDADE


Há limites à intencionalidade da consciência, a matéria subjetiva através da qual apreendemos os objetos e situações cotidianas, criando a ilusão de que o mundo existe tal como percebemos, ou, que existe uma correspondência direta e simples  entre a consciência e as coisas.  Sem querer trilhar os caminhos de qualquer fenomenologia cabe aqui apenas insistir na ilegibilidade do mundo e no desaparecimento do real como premissa de nosso sentimento e apreensão da realidade em termos contemporâneos.

A perda da capacidade de apreender e, consequentemente, compreender, é um sintoma de nossa cultura contemporânea saturada pela informação que se inventa e reinventa a ponto de substituir o fato, seguindo aqui uma linha de raciocínio de Jean Baudrillard.

O problema do real é um dos mais cruciais em uma sociedade onde o domínio da opinião tornou virtualmente acessível ao mais ignorante dos indivíduos e onde  toda informação pode propagar pelo mundo inteiro através do ciber espaço sendo  replicada até  tornar-se uma “verdade” coletiva independente da qualidade da consciência individual e seu bom senso ao recepta-la.


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