“Se deixarmos de contemplar o
curso do mundo como um todo e, em particular, a efêmera e cômica existência de
homens enquanto sucedem um ao outro rapidamente para observar a vida em seus
pequenos detalhes: quão ridícula é a visão!
Impressiona-nos do mesmo modo
como uma gota d’água, uma simples gota fervilhando de infusoria, é vista por um
microscópio, ou um pedaço de queijo cheio de carunchos invisíveis a olho nu.
Sua atividade e luta uns contra os outros em um espaço tão pequeno nos entretém
grandemente. Acontece o mesmo no pequeno lapso da vida – uma grande e séria
atividade produz um efeito irrisório.”
Arthur Schopenhauer in O vazio da
Existência
O VAZIO DA EXISTÊNCIA
O que ainda resta a fazer enquanto
o tempo passa?
Talvez apenas escrever sobre a
incerteza de ser,
sobre nossas faltas e silêncios,
até que a noite nos cubra para
sempre.
Nunca enxergamos as imperfeições
,
o disfuncional e vexatório de
nossas vidas.
O banal nos escapa.
Por isso é fácil seguir a favor
dos fatos.
que cada vez mais carecem de
significados.
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