O mundo vem se tornando cada vez
mais monocromático, previsível e tedioso.
Nos esgotamos em nossas rotinas
padronizadas, em nossos pensamentos domesticados de realidade. A singularidade
humana, o espaço da privacidade e da construção permanente da singularidade, já
não é uma questão com a qual a maioria se importe. Estamos nos esquecendo de
ser... O mundo já não é mais habitado por indivíduos. Talvez nunca tenha sido.
Só resta a estratégia de uma expressividade narrativa , de uma conversão
de si mesmo em linguagem, na invenção de um universo abstrato de reflexões que
nos sirva de exílio do próprio real. Por
isso escrever ainda faz sentido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário