quinta-feira, 31 de março de 2016

OS LIMITES CONTEMPORÂNEOS DO LÚDICO

A ludicidade é um dos traços mais marcantes da cultura contemporânea. Através das redes sociais, cinema, jogos digitais, dentre outros artifícios, dedicamos muito tempo a evasão e ao lúdico como forma de expressão e construção de nossa subjetividade.

Mas a ludicidade encontra-se ironicamente cada vez menos vinculado a  um sentimento de espontaneidade e liberdade. Nos exemplos aqui citados observamos a mera reprodução de um comportamento mimético, coletivamente induzido por um cultura de massas que tende a normatização e padronização comportamental. Nossa espontaneidade é cada vez menos espontânea. O que não deve surpreender, pois o  termo lúdico é um sinônimo de jogo, remete a um  sistema de regras e objetivos. Atividades que se esgotam em si mesmas e sem implicações pragmáticas no cotidiano social, embora convencionalmente associadas a prazer e diversão, pressupõe alguma disciplina e direcionamento.


A criatividade moldada pela massificação castra o desenvolvimento do indivíduo reduzindo-o a uma unidade replicante de praticas e referencias culturais impessoais que dispensam a criatividade e o irracional como principio do exercício  da ludicidade. 

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