A ludicidade é um dos traços mais
marcantes da cultura contemporânea. Através das redes sociais, cinema, jogos
digitais, dentre outros artifícios, dedicamos muito tempo a evasão e ao lúdico como
forma de expressão e construção de nossa subjetividade.
Mas a ludicidade encontra-se
ironicamente cada vez menos vinculado a
um sentimento de espontaneidade e liberdade. Nos exemplos aqui citados
observamos a mera reprodução de um comportamento mimético, coletivamente
induzido por um cultura de massas que tende a normatização e padronização
comportamental. Nossa espontaneidade é cada vez menos espontânea. O que não
deve surpreender, pois o termo lúdico é
um sinônimo de jogo, remete a um sistema
de regras e objetivos. Atividades que se esgotam em si mesmas e sem implicações
pragmáticas no cotidiano social, embora convencionalmente associadas a prazer e
diversão, pressupõe alguma disciplina e direcionamento.
A criatividade moldada pela
massificação castra o desenvolvimento do indivíduo reduzindo-o a uma unidade
replicante de praticas e referencias culturais impessoais que dispensam a criatividade
e o irracional como principio do exercício da ludicidade.
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